A criação da identidade visual de uma empresa é um passo crucial para que a comunicação com seu público-alvo, concorrentes e fornecedores se dê sem ruído e de forma a beneficiar seu negócio. Trata-se também de um processo em que muitas marcas podem ser criadas e, portanto, deve-se registrá-las e protegê-las devidamente. Por isso, a Lancaster, empresa com décadas de experiência no ramo da proteção da propriedade intelectual, prepara este artigo para lhe ajudar com algumas dicas sobre a criação da identidade visual de seu empreendimento.
Escolha das cores
A escolha das cores é uma etapa verdadeiramente essencial para a sua comunicação visual, pois cada uma delas tem o poder de transmitir emoções particulares. Emoções essenciais para chegar ao seu cliente ideal e transmitir com clareza a sua mensagem na mente dele. Não é à toa que falamos em “psicologia das cores”.
Cada cor vai carregar um significado e mesmo que você não precise confiar 100% nela, acho sempre interessante dar uma olhada, para evitar ir com uma tonalidade exatamente oposta ao que você deseja transmitir.
Depois de ter uma compreensão mais clara do significado das cores, você poderá definir melhor as mais adequadas para incorporar sua marca. O mais adequado, porque seria uma pena e acima de tudo complexo ficar apenas com uma cor. É por isso que falamos em paleta.
E quem fala associação de várias cores, fala em harmonia. É fundamental encontrar tonalidades que combinem entre si e que tenham todas uma funcionalidade particular para criar coerência gráfica (algumas serão melhores para fundos e fundos, outras para realçar determinados elementos e criar contraste).
Para ter algo completo e flexível, recomenda-se fazer uma paleta de 5 a 7 cores, com 2 a 3 cores principais (uma mistura de cores claras e escuras), 1 a 2 cores de destaque que se destaquem das demais e chamem a atenção, 1 a 2 cores secundárias neutras e suaves.
Não contamos branco e preto, mas você definitivamente pode usá-las como cor de suporte. Para te ajudar, você pode contar com as cores do seu moodboard, mas também com paletas existentes encontradas em ferramentas online.
Defina suas fontes
Outro aspecto essencial de uma identidade visual bem definida: as tipografias, claro! Assim como as cores, são muito poderosas na criação de emoções, refletindo um universo e valores particulares.
Hoje existem centenas de milhares deles e em todos os estilos, o que lhe dá muitas possibilidades de se diferenciar! Mas quando se trata de fontes, novamente, você não pode confiar apenas no seu gosto. Há um verdadeiro olhar estratégico a ter, sobre a sensação que os seus erros de digitação vão gerar, mas também sobre a sua função (para que servirão no layout) e a sua acessibilidade.
Na verdade, não usaremos a mesma fonte para o corpo do texto e para o título ou subtítulo. E uma fonte caligráfica muito estilizada pode ser muito bonita, mas insuportável de ler!
Para encontrar a sua fonte, existem vários sites que permitem visualizá-la (indicando a palavra de sua escolha) e baixá-la. Porém, tome cuidado com as licenças de usuário, pois nem tudo é de graça, longe disso! A maioria será gratuita para uso pessoal, mas no contexto de um negócio, se você utilizá-lo para promover suas ofertas e comunicar, será então para uso comercial e você terá que adquiri-lo.
Para se orientar nesses sites, você precisa saber que existem diferentes tipos de fontes com um pouco de vocabulário para conhecer.
O termo “Serif”, por exemplo, refere-se a fontes serifadas que são divididas em várias categorias (antigas, clássicas, neoclássicas, etc.). Já “Sans serif” caracteriza fontes retas e limpas, sem serifas ou floreios.
Também encontramos fontes “script” que são inspiradas na caligrafia manuscrita e fontes “manuscritas” que se aproximam um pouco mais disso, absorvendo os loops e o fluxo da escrita natural. Poderíamos também mencionar fontes góticas, fantasia, display, artísticas, etc.
Agora vamos falar sobre como escolher suas fontes. Idealmente, você deve definir 3 (pelo menos 2 e no máximo 4).
Para criar uma combinação eficaz, você deve escolher tipografias complementares e misturar diferentes estilos e pesos para criar um equilíbrio.
Cada um deles deve trazer algo para a sua identidade. Certifique-se também de que todos estejam claramente legíveis.
Não hesite em testar diferentes associações para ter certeza de que o resultado é harmonioso e ao seu gosto, mas também em testá-las em diferentes palavras e parágrafos de texto para verificar se elas combinam bem com você em todas as letras.
Desenvolva seu universo visual (fotos, ilustrações, pictogramas, etc.)
Isso envolve definir todos os seus elementos gráficos, ou seja, os tipos de ícones, ilustrações, fotos, padrões e até emojis que você utilizará em sua identidade visual. Todas essas dicas visuais permitirão que você personalize um pouco mais o universo da sua marca e se destaque mais da concorrência.
Existem muitos sites para ajudá-lo em sua pesquisa: bancos de imagens (Pexel, Pixabay, etc.), bancos de ícones para encontrar seus pictogramas ou ferramentas multifuncionais como o Canva (muito completo na versão pro) que simplificarão muito a sua vida.
Para começar bem e facilitar a criação de seus visuais posteriormente, aconselho você a criar uma pequena “biblioteca de mídia” dedicada à sua marca. Basta fazer uma seleção de 10 a 15 imagens que você encontrou nos bancos de imagens, tendo o cuidado de respeitar as instruções relativas aos direitos autorais. Se o seu orçamento permitir, você também pode contar com os serviços de um fotógrafo e assim ter fotos únicas e 100% personalizadas.
Na hora de escolher suas fotos, tente buscar uma certa consistência na calorimetria, contando principalmente com a tonalidade (tente escolher fotos com a mesma cor principal), o brilho (mais claro ou escuro), mas também na saturação.
Você precisa encontrar um equilíbrio entre essas variações e respeitar pelo menos uma delas para criar um estilo visual consistente. Para ajudá-lo com isso, você também pode aplicar um filtro às suas fotos.
Lembre-se também que essas imagens devem permanecer alinhadas ao seu moodboard, transmitir sua mensagem e refletir seus valores. Consistência é sempre a melhor aliada. Por fim, não é preciso dizer que essas fotos devem ter a melhor qualidade possível.